GRUPO NOVO LONDRES
O Grupo Novo Londres ( New London Group) em 1996, planejou novas abordagens para o ensino e aprendizagem do letramento para o século 21. Eles descreveram os letramentos como múltiplos de duas maneiras diferentes. A primeira ideia surgiu do fato de que nossas sociedades atuais são linguisticamente diversas e existem dentro um mundo de culturas interconectadas. A segunda menção ao letramento como múltipla referida as formas crescentes em que as comunicações e textos são agora representados devido a Avanços tecnológicos. Esses fatos foram a força motriz para cunhar um novo termo para letramento, “multiletramentos”.
Esta nova conceituação levou em consideração a multiplicidade de designs, gêneros e linguagens de letramento. Multiletramentos representam uma teoria e uma pedagogia. A teoria dos multiletramentos engloba seis elementos de design no processo de construção de significado; linguística, visual, áudio, gestual, espacial e, finalmente, o padrões multimodais de significado que relacionam os cinco primeiros modos entre si. Mills (2016) recentemente também adicionou o sensorial, que atende aos sentidos na prática do letramento.
Jewitt e Kress (2008) consideram o design multimodal como o mais significativo entre os projetos propostos pelo New London Group, uma vez que diz respeito ao inter-relacionamento de diferentes modos de construção de significado.
A pedagogia dos multiletramentos, conforme definida pelo New London Group, considera quatro componentes: prática situada, instrução aberta, enquadramento crítico e transformado prática. O enquadramento crítico ou componente de análise crítica é conhecido como letramento crítico e é considerado o aspecto mais importante dos multiletramentos (Anstey & Bull, 2006; Cope e Kalantzis, 2015; New London Group, 1996; Sandretto & Klenner, 2011). O letramento crítico move os alunos além da leitura da palavra para também ler o mundo (Freire & Macedo, 1987).
Os alunos tornam-se dialógicos em relação a todos os tipos de textos que eles encontram refletindo, problematizando, interrompendo e questionando o normativo ou suposições dominantes. Greene (1995) afirma: “... o letramento muitas vezes silencia as pessoas e desempodera-os”. A abordagem de letramento crítico permite que alunos e futuros cidadãos encontrar suas vozes, para abrir seus espaços, e isso lhes dá agência e poder para criticar o status quo e tentar transformar suas situações. Luke (2012) argumenta que a o letramento crítico refere-se ao uso de vários tipos de textos impressos, digitais e baseados na mídia para analisar, criticar e transformar as normas e práticas sociais, educacionais, políticas e dimensões econômicas de nossa vida cotidiana. Dito isso, os alunos se tornam agentes de textos ao invés de vítimas de textos (Harste, 2010).
Assim, "a teoria dos multiletramentos move os educadores de um currículo neutro para uma postura pedagógica crítica” que incentiva a viver uma vida crítica multiletrada e “Incentiva os alunos a assumirem uma identidade de justiça social” (Crafton et al. 2009, p. 1). Em última análise, o letramento crítico tem sido o foco principal e central para trabalhar os multiletramentos desde o seu início (Bull & Anstey, 2010). Envolvendo os alunos com vários conhecimentos exige que as escolas os preparem para se tornarem consumidores críticos, ativos e criativos e produtores de vários tipos de textos. Isso destaca a necessidade de os professores abrirem suas salas de aula para a lógica da leitura e escrita não convencionais e para envolver os alunos em letramento multimodal, onde usam vários recursos semióticos, utilizando os diversos recursos de comunicação, culturais e linguísticos para composição textual (Jewitt et al. 2016).
Fonte: Tese
de H Sabra · 2020 — Cracking the Conventional: Journeying Through a Bricolage of Multiliteracies In an International Languages School In Canada. Description ... In an International Languages School In Canada. Authors: Sabra, Houda
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